quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Ao cometer Suicídio, o Cristão perde a Salvação?


Algum tempo atrás li o artigo abaixo que me edificou muito a respeito de assunto tão controverso. Recomendo a leitura. Pr Luciano Rossi Tesch

 

Ao Cometer Suicídio, o Cristão Perde a Salvação?

Miguel Núñez 20 de Janeiro de 2014 - Vida Cristã
Esse tem sido um dos temas mais controversos ao longo dos anos, e que lamentavelmente muitos têm respondido de uma maneira emocional e não através da análise bíblica. Aqueles de nós que crescemos no catolicismo sempre ouvimos que o suicídio é um pecado mortal que irremediavelmente envia a pessoa para o inferno. Para muitos que têm crescido com essa posição, é impossível despojar-se dessa ideia.
Outros têm estudado o tema e, depois de fazê-lo, concluem que nenhum cristão seria capaz de acabar com sua própria vida. Há outros que afirmam que um cristão poderia cometer suicídio, mas perderia a salvação. E ainda outros pensam que um cristão poderia cometer suicídio em situações extremas, sem que isso o conduza à condenação.
Em essência temos, então, quatro posições:

  1. Todo aquele que comete suicídio, sob qualquer circunstância, vai para o inferno (posição Católica Tradicional).
  2. Um cristão nunca chega a cometer suicídio, porque Deus impediria.
  3. Um cristão pode cometer suicídio, mas perderá sua salvação.
  4. Um cristão pode cometer suicídio, sem que necessariamente perca sua salvação.

A primeira dessas quatro posições foi basicamente a única crença até a época da Reforma, quando a doutrina da salvação (Soteriologia) começou a ser melhor estudada e entendida. Nesse momento, tanto Lutero como Calvino concluíram que eles não podiam afirmar categoricamente que um cristão não poderia cometer suicídio e/ou o que se suicidava iria ser condenado. Na medida em que a salvação das almas foi sendo analisada em detalhes, muitos dos reformadores começaram a fazer conclusões, de maneira distinta, sobre a posição que a Igreja de Roma tinha até então.
No fim das contas, a pergunta é: O Que a Bíblia diz?
Começamos mencionando aquelas coisas que sabemos de maneira definitiva a partir da revelação de Deus:

  • O ser humano é totalmente depravado (primeiro ponto do TULIP calvinista). Com isso, não queremos dizer que o ser humano é tão mal quanto poderia ser, mas que todas as suas capacidades estão manchadas pelo pecado: sua mente ou intelecto, seu coração ou emoções, e sua vontade.
  • O cristão foi regenerado, mas mesmo depois de ter nascido de novo, devido à permanência da natureza carnal, continua com a capacidade de cometer qualquer pecado, com a exceção do pecado imperdoável.
  • O pecado imperdoável é mencionado em Marcos 3:25-32 e outras passagens, e a partir desse contexto podemos concluir que esse pecado se refere à rejeição contínua da ação do Espírito Santo na conversão do homem. Outros, a partir dessa passagem citada, atribuem a Satanás as obras do Espírito de Deus. Obviamente, em ambos os casos está se fazendo referência a uma pessoa incrédula.
  • De maneira particular, queremos destacar que o cristão é capaz de tirar a vida de outra pessoa, como fez o Rei Davi, sem que isso afete a sua salvação.
  • O sacrifício de Cristo na cruz perdoou todos os nossos pecados: passados, presentes e futuros (Colossenses 2:13-14, Hebreus 10:11-18)
  • O anterior implica que o pecado que um cristão cometerá amanhã foi perdoado na cruz, onde Cristo nos justificou, e fomos declarados justos sem de fato sermos, e o fez como uma só ação que não necessita ser repetida no futuro. Na cruz, Cristo não nos tornou justificáveis, mas justificados (Romanos 3:23-26, Romanos 8:29-30)

A salvação e o ato do suicídio
Dentro do movimento evangélico existe um grupo de crentes, a quem já aludimos, denominados Arminianos, que diferem dos Calvinistas em relação à doutrina da salvação. Uma dessas diferenças, que não é a única, gira em torno da possibilidade de um cristão poder perder a salvação. Uma grande maioria nesse grupo crê que o suicídio é um dos pecados capazes de tirar a salvação do crente. Nós, que afirmamos a segurança eterna do crente (Perseverança dos Santos), não somos daqueles que acreditam que o suicídio ou qualquer outro pecado eliminaria a salvação que Cristo comprou na cruz.
Tanto na posição Calvinista como na Arminiana, alguns afirmam que um cristão jamais cometerá suicídio. No entanto, não existe nenhum versículo ou passagem bíblica que possa ser usado para categoricamente afirmar essa posição. Alguns, sabendo disso, defendem sua posição indicando que na Bíblia não há nenhum suicídio cometido pelos crentes, enquanto aparecem vários casos de personagens não crentes que acabaram com suas vidas. Com relação a essa observação, gostaria de dizer que usar isso para estabelecer que um cristão não pode cometer suicido não é uma conclusão sábia, porque estamos fazendo uso de um argumento de silêncio, que na lógica é o mais débil de todos. Há várias coisas não mencionadas na Bíblia (centenas ou talvez milhares) e se fizermos uso de argumentos de silêncio, estamos correndo o risco de estabelecer possíveis verdades nunca reveladas na Bíblia. Exemplo: não aparece um só relato de Jesus rindo; a partir disso eu poderia concluir que Jesus nunca riu ou não tinha capacidade para rir. Seria esse um argumento sólido? Obviamente não.
Gostaríamos de enfatizar que, se alguém que vive uma vida consistente com a fé cristã comete suicídio, teríamos que nos perguntar antes de ir mais além, se realmente essa pessoa evidenciava frutos de salvação, ou se sua vida era mais uma religiosidade do que qualquer outra coisa. Eu acho que, provavelmente, esse seria o caso da maioria dos suicídios dos chamados cristãos.
Apesar disso, cremos que, como Jó, Moisés, Elias e Jeremias, os cristãos podem se deprimir tanto a ponto de quererem morrer. E se esse cristão não tem um chamado e um caráter tão forte como o desses homens, pensamos que pode ir além do mero desejo e acabar tirando a própria vida. Nesse caso, o que Deus permitir acontecer pode representar parte da disciplina de Deus, por esse cristão não ter feito uso dos meios da graça dentro do corpo de Cristo, proporcionados por Deus para a ajuda de seus filhos.
Muitos acreditam, como já mencionamos, que esse pecado cometido no último momento não proveu oportunidade para o arrependimento, e é isso o que termina roubando-lhe a salvação ao suicidar-se. Eu quero que o leitor faça uma pausa nesse momento e questione o que aconteceria se ele morresse nesse exato momento, se ele pensa que morreria livre de pecado. A resposta para essa pergunta é evidente: Não! Ninguém morre sem pecado, porque não há nenhum instante em nossas vidas em que o ser humano está completamente livre do pecado. Em cada momento de nossa existência há pecados em nossas vidas dos quais não estamos nem sequer apercebidos, e outros que nem conhecemos, mas que nesse momento não temos nos dirigido ao Pai para buscar seu perdão, simplesmente porque o consideramos um pecado menos grave, ou porque estamos esperando pelo momento apropriado para ir orar e pedir tal perdão.
A realidade sobre isso é que, quando Cristo morreu na cruz, ele pagou por nossos pecados passados, presentes e futuros, como já dissemos. Portanto, o mesmo sacrifício que cobre os pecados que permanecerão conosco até o momento de nossa morte é o que cobrirá um pecado como o suicídio. A Palavra de Deus é clara em Romanos 8:38 e 39: “Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”. Note que o texto diz que “nenhuma outra coisa criada”. Esta frase inclui o próprio crente. Notemos também que essa passagem fala que “nem as coisas do presente, nem do porvir”, fazendo referência às situações futuras que ainda não vivemos. Por outro lado, João 10:27-29 nos fala que ninguém pode nos arrebatar da mão de nosso Pai, e Filipenses 1:6 diz que “aquele que começou a boa obra em vós, há de completá-la até o dia de Cristo Jesus”. Concluindo:

  • Se estabelecemos que o cristão é capaz de cometer qualquer pecado, por que não conceber que potencialmente ele poderá cometer o pecado do suicídio?
  • Se estabelecemos que o sangue de Cristo é capaz de perdoar todo pecado, ele não cobriria esse outro pecado?
  • Se o sacrifício na cruz nos tornou perfeitos para sempre, como diz o autor de Hebreus (7:28, 10:14), não seria isso suficiente para afirmarmos que nenhum pecado rouba a nossa salvação?
  • Se até Moisés chegou a desejar que Deus lhe tirasse a vida, devido à pressão que o povo exerceu sobre ele, não poderia um paciente esquizofrênico ou na condição de depressão extrema, que não tenha a força de caráter de um Moisés, atentar contra a sua própria vida de maneira definitiva?
  • Se não somos Deus e não temos nenhuma maneira de medir a conversão interior do ser humano, poderíamos afirmar categoricamente que alguém que deu testemunho de cristão durante sua vida, ao cometer suicídio, realmente não era um cristão?
  • Baseados na história bíblica e na experiência do povo de Deus, poderíamos concluir que o suicídio entre crentes provavelmente é uma ocorrência extraordinariamente rara, devido à ação do Espírito Santo e aos meios de graça presentes no corpo de Cristo.
  • Pensamos que o suicídio é um pecado grave, porque atenta contra a vida humana. Mas já estabelecemos que um crente é capaz de eliminar a vida humana, como o fez Davi. Se eu posso fazer algo contra alguém, como não conceber que posso fazê-lo contra mim mesmo? Essa é a nossa posição.

Como você pode ver, não é tão fácil estabelecer uma posição categórica sobre o suicídio e a salvação. Tudo o que podemos fazer é raciocinar através de verdades teológicas claramente estabelecidas, a fim de chegar a uma provável conclusão sobre um fato não estabelecido de forma definitiva. Portanto, quanto mais coerentemente teológico for meu argumento, mais provável será a conclusão que eu chegar. Agostinho tinha razão ao dizer: “Naquilo que é essencial, unidade; naquilo que é duvidoso, liberdade; e em todas as coisas, caridade”. Minha recomendação é que você possa fazer um estudo exaustivo, outra vez ou pela primeira vez, acerca de tudo o que Deus disse sobre a salvação, que é muito mais importante que o suicídio, que é quase nada.
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Miguel Núñez
Miguel Núñez é pastor da International Baptist Church e presidente do Ministério Wisdom and Integrity em São...

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Quem está dirigindo?

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Título: Quem está dirigindo?

Tema: Evangelismo.

Tese: Quem dirige nossa vida define nosso destino eterno.

Texto base: Provérbios 14.12

Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte.”

Palavra chave: Motorista.

Introdução: Nossa vida terrena é como uma grande viagem. Todos estão aqui de passagem e trilhando algum tipo de caminho. Muitos têm pegado caminhos errados que conforme o texto que lemos conduzem a morte. O grande problema é que tais caminhos parecem bons. Eles têm uma aparência positiva e enganam a muitos. Na verdade não chegam sequer a serem caminhos, são atalhos perigosos. Em uma viagem de automóvel, normalmente perguntamos: “Quem vai dirigir?”. Se não confiamos na técnica, habilidade, prudência e experiência do motorista, é quase que certo que não aceitamos embarcar em tal viagem. Tal pergunta com freqüência também deveria ser realizada por todos nós no tocante nossas vidas. Quem está dirigindo nossa vida tem relação direta com o caminho que estamos escolhendo percorrer e com os resultados dessa viagem.

Frase de ligação: Quem está dirigindo sua vida?

Vamos ler o texto abaixo e analisarmos através da trajetória de vida de Salomão, o quão perigoso é entregarmos nossas vidas nas mãos de motoristas desqualificados.

Eclesiastes 1.12 – 2.11

12Eu, o Pregador, venho sendo rei de Israel, em Jerusalém. 13Apliquei o coração a esquadrinhar e a informar-me com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu; este enfadonho trabalho impôs Deus aos filhos dos homens, para nele os afligir. 14Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento. 15Aquilo que é torto não se pode endireitar; e o que falta não se pode calcular. 16Disse comigo: eis que me engrandeci e sobrepujei em sabedoria a todos os que antes de mim existiram em Jerusalém; com efeito, o meu coração tem tido larga experiência da sabedoria e do conhecimento. 17Apliquei o coração a conhecer a sabedoria e a saber o que é loucura e o que é estultícia; e vim a saber que também isto é correr atrás do vento. 18Porque na muita sabedoria há muito enfado; e quem aumenta ciência aumenta tristeza. 1Disse comigo: vamos! Eu te provarei com a alegria; goza, pois, a felicidade; mas também isso era vaidade. 2Do riso disse: é loucura; e da alegria: de que serve? 3Resolvi no meu coração dar-me ao vinho, regendo-me, contudo, pela sabedoria, e entregar-me à loucura, até ver o que melhor seria que fizessem os filhos dos homens debaixo do céu, durante os poucos dias da sua vida. 4Empreendi grandes obras; edifiquei para mim casas; plantei para mim vinhas. 5Fiz jardins e pomares para mim e nestes plantei árvores frutíferas de toda espécie. 6Fiz para mim açudes, para regar com eles o bosque em que reverdeciam as árvores. 7Comprei servos e servas e tive servos nascidos em casa; também possuí bois e ovelhas, mais do que possuíram todos os que antes de mim viveram em Jerusalém. 8Amontoei também para mim prata e ouro e tesouros de reis e de províncias; provi-me de cantores e cantoras e das delícias dos filhos dos homens: mulheres e mulheres. 9Engrandeci-me e sobrepujei a todos os que viveram antes de mim em Jerusalém; perseverou também comigo a minha sabedoria. 10Tudo quanto desejaram os meus olhos não lhes neguei, nem privei o coração de alegria alguma, pois eu me alegrava com todas as minhas fadigas, e isso era a recompensa de todas elas. 11Considerei todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também o trabalho que eu, com fadigas, havia feito; e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento, e nenhum proveito havia debaixo do sol.”

Salomão escreveu Eclesiastes já no fim de sua vida tão cheia de experiências. Ao longo de seus muitos dias, ele relata a futilidade dos “motoristas” que escolheu para dirigir sua vida.

1º motorista – A fama/sucesso.

16Disse comigo: eis que me engrandeci...” Eclesiastes 1.16

9Engrandeci-me e sobrepujei a todos os que viveram antes de mim em Jerusalém;” Eclesiastes 2.9

Quantas pessoas que assim como Salomão esteve, estão hoje cegas pela fama e pelo desejo de alcançar sucesso. A busca desenfreada pelo sucesso, pelo desejo incontrolável pelo reconhecimento humano destrói verdadeiros valores como amizade, cumplicidade e afeto. Pessoas tornam-se escadas na escalada rumo ao primeiro lugar. Nem Deus é poupado na arrogância do homem que tenta hoje repetir o grande erro de Satanás:

13Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; 14subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo.” Isaías 14.13-14

A busca pelo reconhecimento humano anda de mãos dadas com a vaidade e a arrogância. Se Deus lhe der alguma posição nessa vida, ande conforme o exemplo de José do Egito. Use sua posição para abençoar pessoas e não para ser glorificado. Herodes foi comido de bichos por não dar glória a Deus. Como discípulos de Cristo devemos imitar o seu exemplo, quando foi tentado a receber a glória dos homens (tentação do pináculo do templo), manteve-se submisso a vontade do Pai servindo aos homens.

2º motorista – O conhecimento/sabedoria.

17Apliquei o coração a conhecer a sabedoria e a saber o que é loucura e o que é estultícia; e vim a saber que também isto é correr atrás do vento. 18Porque na muita sabedoria há muito enfado; e quem aumenta ciência aumenta tristeza.” Eclesiastes 2.17-18

Salomão foi alguém sem igual em assunto de conhecimento. Ele era uma biblioteca ambulante. Ele era alguém extremamente conhecedor das ciências humanas. Um verdadeiro erudito. Sua sabedoria era admirada ao ponto de pessoas do mundo inteiro vir até ele para ouvi-lo. (Vide exemplo da rainha de Sabá). Não há nenhum erro ou pecado em buscar o conhecimento, ele se torna um péssimo motorista de nossas vidas quando está dissociado do temor ao Senhor. Se não colocarmos nossos conhecimentos debaixo da soberania de Cristo sobre nossas vidas, ele produzirá algo de mais terrível que a natureza carnal produz: orgulho.
Muitos no afã de enriquecerem sua vida de conhecimento desprezam o maior conhecimento que liberta o homem da prisão espiritual, o conhecimento do Altíssimo na pessoa do Senhor Jesus Cristo.
O conhecimento seduz, muitos que começaram bem suas vidas ao lado de Cristo, hoje estão divorciados do Senhor por conta da sedução da sabedoria humana.

19Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; porquanto está escrito: Ele apanha os sábios na própria astúcia deles. 20E outra vez: O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, que são pensamentos vãos.” I Coríntios 3.19-20
3º motorista – O prazer.

1Disse comigo: vamos! Eu te provarei com a alegria; goza, pois, a felicidade; mas também isso era vaidade. 2Do riso disse: é loucura; e da alegria: de que serve? 3Resolvi no meu coração dar-me ao vinho,” Eclesiastes 2.1-3

8Amontoei também para mim prata e ouro e tesouros de reis e de províncias; provi-me de cantores e cantoras e das delícias dos filhos dos homens: mulheres e mulheres.” Eclesiastes 2.8

10Tudo quanto desejaram os meus olhos não lhes neguei, nem privei o coração de alegria alguma, pois eu me alegrava com todas as minhas fadigas, e isso era a recompensa de todas elas.” Eclesiastes 2.10

Assim como Salomão muitos também sucumbem diante da tentação do prazer. O alívio momentâneo produzido pela satisfação do prazer carnal tem dirigido a vida de muitos para um atalho perigoso e sem volta. O prazer vicia como a droga, ele nunca se cansa e sempre quer mais. O motorista prazer é o responsável pela desgraça de muitas vidas e famílias acometidas pelo adultério, traição, dependência química, divórcio, AIDS, gravidez indesejada e precoce dentre outros terríveis males.
Existe prazer para aqueles que vivem com Cristo, prazer legitimado por Deus através das Escrituras. Prazer e felicidade sem condenação do juízo da consciência.

4º motorista – O trabalho/riquezas.

4Empreendi grandes obras; edifiquei para mim casas; plantei para mim vinhas. 5Fiz jardins e pomares para mim e nestes plantei árvores frutíferas de toda espécie. 6Fiz para mim açudes, para regar com eles o bosque em que reverdeciam as árvores.” Eclesiastes 2.4-6

O trabalho e as riquezas são bênçãos de Deus para o homem, porém quando eles tornam-se um fim em si mesmo, são perigosos motoristas para nossa vida. Quem aposta todas as suas fichas no trabalho e nas riquezas nunca se cansam deles e ao mesmo tempo vê se exaurido em suas forças físicas. Salomão trabalhou muito e possuiu muitas riquezas e chegou à conclusão fatalista que também isso é “vaidade de vaidades”.
Para que idolatrar o trabalho e as riquezas? Outros que nada fizeram, gozarão do suor do sábio, e do resultado de seu esforço após a morte deste. É a essência da parábola de Jesus a respeito do rico insensato (Lc 12.20-21). Pergunta, aí, Deus ao rico na hora da sua morte: O que tens preparado, para quem será?

A conclusão que Salomão chegou a respeito do trabalho foi:

24Nada há melhor para o homem do que comer, beber e fazer que a sua alma goze o bem do seu trabalho. No entanto, vi também que isto vem da mão de Deus,” Eclesiastes 2.24

O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, Jesus nos advertiu que:

19Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; 20mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; 21porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.” Mateus 6.19-21

Conclusão: Salomão conclui o livro de Eclesiastes que uma afirmação marcante:
13De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem. 14Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más.” Eclesiastes 12.13-14
Ele percebe ao fim da vida que não havia escolhido bons motoristas para dirigir sua vida e por isso sofreu tanto com os caminhos/atalhos que conduzem a morte e destruição. Mas ele conclui sabiamente que não existe ninguém e nada fora de Deus que possa realmente conduzir a caminhada do homem na Terra. Na grande viagem da vida só existe um verdadeiro caminho que nos conduz a vida eterna:
6Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” João 14.6
Jesus é o caminho, o único! Ele é a estrada que te leva a Deus. E Jesus elegeu o motorista para dirigir nossa vida para o céu:
26mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.” João 14.26
O Espírito Santo é o único motorista habilitado e competente para dirigir nossa vida.

E agora fica a pergunta?

QUEM ESTÁ DIRIGINDO A SUA VIDA?

Trilhe o caminho que é Jesus sendo dirigido pelo Espírito Santo para o destino final que é Deus Pai.


terça-feira, 21 de julho de 2015

Perder, ganhar e dividir.

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Título: Perder, ganhar e dividir.

Tema: Vida cristã.

Tese: Na vida cristã teremos que nos deparar com situações de perdas, ganhos e divisões.

Texto base: 1 Samuel 30.1-31

Introdução: Nesse momento de sua vida, Davi estava morando entre os filisteus e chefiando um bando de homens que se ajuntaram a ele quando começou a fugir da perseguição do rei Saul. Davi havia sido convocado para pelejar contra seus próprios irmãos israelitas pelo rei dos filisteus, pois já morava alguns anos entre os filisteus e gozava de confiança do rei. No entanto, os príncipes dos filisteus não confiavam em Davi e pediram ao rei que Davi voltasse da batalha e não lutassem junto com eles, pois temiam que Davi pudesse traí-los. Quando Davi está voltando para sua terra ele vê que tudo foi destruído pelos amalequitas e todos foram levados escravos, inclusive sua própria família. Nesse momento de dor e angústia ele consulta ao Senhor e vai à busca do que foi perdido.

Frase de ligação: Este relato histórico de um fato acontecido com Davi encontra paralelos espirituais com lições reais que acontecem na vida de todo cristão.

Palavra chave: Lição.

1ª lição – Na vida cristã muitas vezes teremos perdas. Versos de 01 a 06.

““1Sucedeu, pois, que, chegando Davi e os seus homens, ao terceiro dia, a Ziclague, já os amalequitas tinham dado com ímpeto contra o Sul e Ziclague e a esta, ferido e queimado; 2tinham levado cativas as mulheres que lá se achavam, porém a ninguém mataram, nem pequenos nem grandes; tão-somente os levaram consigo e foram seu caminho. 3Davi e os seus homens vieram à cidade, e ei-la queimada, e suas mulheres, seus filhos e suas filhas eram levados cativos. 4Então, Davi e o povo que se achava com ele ergueram a voz e choraram, até não terem mais forças para chorar. 5Também as duas mulheres de Davi foram levadas cativas: Ainoã, a jezreelita, e Abigail, a viúva de Nabal, o carmelita. 6Davi muito se angustiou, pois o povo falava de apedrejá-lo, porque todos estavam em amargura, cada um por causa de seus filhos e de suas filhas; porém Davi se reanimou no Senhor, seu Deus.”

O reverendo Hernandes Dias Lopes costuma dizer que andar com Deus não significa que gozamos de uma imunidade especial contra os problemas, incluindo aí as perdas. Davi era homem acostumado com grandes vitórias, ele sabia muito bem o que era ganhar. Já tinha tido a experiência de vencer um leão, um urso, o gigante Golias, de vencer batalhas contra os inimigos de Israel e também já havia ganhado por promessa e unção o reino de Israel. Mas isto não significava que Davi não teve que enfrentar momentos de perdas em sua vida, ele perdeu a própria liberdade quando Saul começou a perseguí-lo, perdeu a esposa Mical que foi dada a outro homem por Saul e perdeu a família toda aqui no episódio em tela.

Existem coisas que precisamos perder de forma voluntária, falo da renúncia do “eu”, da própria vontade que é pecaminosa, de relacionamentos que nos distanciam de Deus incluindo aí muitas vezes até as pessoas que mais amamos.

Mateus 16.25-26
25Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á. 26Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?”
Mateus 10.37-39
37Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim; 38e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim. 39Quem acha a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por minha causa achá-la-á.”

Outras coisas nós iremos perder involuntariamente de forma dolorosa, a forma como nos relacionarmos com essas perdas é que farão toda a diferença em nossa trajetória de vida.
Davi havia acabado de perder a família e o respeito de seus comandados que pensavam até mesmo em matá-lo, mas mesmo sofrendo não permitiu ser vencido pela dor e em vez de entregar os pontos e começar a se autovitimar e colocar a culpa em Deus, ele fez a coisa certa, buscou conhecer a vontade de Deus sendo direcionado pela Palavra de Deus.

A hora da perda não é o momento de buscarmos culpados, é o momento para descansarmos em Deus e buscarmos Dele refrigério para nossas almas através de ferramentas espirituais como a oração e a Palavra de Deus. Muitas vezes só entenderemos tudo o que aconteceu bem lá na frente, em outras vezes a gente só entenderá quando estivermos no céu, mas a confiança de que Deus guarda os que são seus e de que a vontade Dele é boa, perfeita e agradável deve encher nossa coração de esperança mesmo quando não entendemos nada do que está acontecendo.

2ª lição – A vida cristã é repleta de vitórias. Versos 17 a 20

17Feriu-os Davi, desde o crepúsculo vespertino até à tarde do dia seguinte, e nenhum deles escapou, senão só quatrocentos moços que, montados em camelos, fugiram. 18Assim, Davi salvou tudo quanto haviam tomado os amalequitas; também salvou as suas duas mulheres. 19Não lhes faltou coisa alguma, nem pequena nem grande, nem os filhos, nem as filhas, nem o despojo, nada do que lhes haviam tomado: tudo Davi tornou a trazer. 20Também tomou Davi todas as ovelhas e o gado, e o levaram diante de Davi e diziam: Este é o despojo de Davi.”

Nem só de lágrimas é a vida do cristão, as vitórias concedidas pelo Eterno são abundantes e inumeráveis! Depois de todo o sofrimento por conta de tudo que Davi havia passado, eis que Deus o abençoa em sua jornada e Lhe restitui tudo o que havia sido perdido.
Deus é especialista em restituir o que foi perdido! Foi assim na vida de Jó, e quando Deus nos agracia com o que foi perdido Ele sempre dá mais e melhor! Davi recuperou sua família, seu prestígio com os seus liderados e ainda pode se beneficiar do despojo dos vencidos.
Às vezes pensamos que ganhar está relacionado com grandes conquistas, mas nos enganamos, as maiores dádivas de Deus para nós estão presentes nas pequenas coisas como respirar, enxergar, andar, o alimento diário, o afeto das pessoas que amamos e o respeito dos nossos irmãos, todas essas coisas nos acontecem todos os dias e muitas vezes sequer agradecemos o Senhor.
Se não bastasse o cuidado diário de Deus em nossas vidas, o maior ganho que temos é a salvação que Cristo Jesus operou em nosso favor na cruz do calvário! Essa conquista inimigo algum pode despojar de nós, pois o apóstolo Paulo escreveu inspirado pelo Espírito Santo:

Romanos 11.29
29porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis.”

3ª lição – Dividir é a prova final da vida cristã. Versos 21 a 31.

21Chegando Davi aos duzentos homens que, de cansados que estavam, não o puderam seguir e ficaram no ribeiro de Besor, estes saíram ao encontro de Davi e do povo que com ele vinha; Davi, aproximando-se destes, os saudou cordialmente. 22Então, todos os maus e filhos de Belial, dentre os homens que tinham ido com Davi, responderam e disseram: Visto que não foram conosco, não lhes daremos do despojo que salvamos; cada um, porém, leve sua mulher e seus filhos e se vá embora. 23Porém Davi disse: Não fareis assim, irmãos meus, com o que nos deu o Senhor, que nos guardou e entregou às nossas mãos o bando que contra nós vinha. 24Quem vos daria ouvidos nisso? Porque qual é a parte dos que desceram à peleja, tal será a parte dos que ficaram com a bagagem; receberão partes iguais. 25E assim, desde aquele dia em diante, foi isso estabelecido por estatuto e direito em Israel, até ao dia de hoje.
26Chegando Davi a Ziclague, enviou do despojo aos anciãos de Judá, seus amigos, dizendo: Eis para vós outros um presente do despojo dos inimigos do Senhor: 27aos de Betel, aos de Ramote do Neguebe, aos de Jatir, 28aos de Aroer, aos de Sifmote, aos de Estemoa, 29aos de Racal, aos que estavam nas cidades dos jerameelitas e nas cidades dos queneus, 30aos de Horma, aos de Borasã, aos de Atace, 31aos de Hebrom e a todos os lugares em que andara Davi, ele e os seus homens.”

Depois da grande vitória, Davi tem a nobre atitude de dividir tudo com todos. Ele foi criticado por homens de caráter vil, não obstante manteve sua postura. No mundo dividir significa ficar com menos, significa perder, no Reino de Deus dividir significar ganhar, pois só quem é maduro para dividir com os outros, aquilo que recebeu de Deus está apto para continuar ganhando. Davi estabeleceu a partir desse episódio a lei do despojo em Israel, e Deus nos ensina um princípio; tudo o que recebemos da mão Dele é para abençoar a nossa vida e abençoar a vida do próximo, ou seja, colocar em prática o mandamento de amarás ao teu próximo como a ti mesmo.
Esse princípio fica claro no seguinte episódio da vida de Jesus:

Mateus 26.9-11
9Pois este ungüento podia vender-se por grande preço e dar-se o dinheiro aos pobres. 10Jesus, porém, conhecendo isso, disse-lhes: Por que afligis esta mulher? Pois praticou uma boa ação para comigo. 11Porquanto sempre tendes convosco os pobres, mas a mim não me haveis de ter sempre.”

Jesus não criticou a atitude de ajudar aos pobres, mas a hipocrisia por trás das belas palavras, pois Ele sabia que a intenção de Judas era roubar o dinheiro. Mas quando afirma que os pobres sempre existirão, Ele declara que é tarefa de quem tem mais poder ajudar quem tem menos, ou seja, dividir.
E você, tem dividido as bênçãos e as alegrias recebidas da mão do Eterno com aqueles que não têm nada e nem alegria? A grande prova de fogo na vida do cristão é dividir, muitos enfrentam com grande coragem os momentos difíceis de perdas e com grande gozo os momentos das vitórias, mas sucumbem no momento final da avaliação da vida cristão que é de dividir.

Conclusão: A vida cristã é uma verdadeira matemática, em alguns momentos é preciso perder com subtrações que doem muito, outras vezes nos alegramos com as adições das grandes vitórias e em todos os momentos ela deve ser marcada pela atitude de dividir com o próximo tudo o que recebemos dos céus.