quarta-feira, 25 de junho de 2014

Gratidão, uma chave que abre portas para uma vida abençoada.







Um texto bíblico que sempre me chamou a atenção foi à narrativa do evangelho de Lucas 17.11-19 que fala sobre a cura efetuada por Jesus a dez leprosos.  Chama-me a atenção porque fala diretamente sobre gratidão ou a falta dela. Vamos ao texto:
“De caminho para Jerusalém, passava Jesus pelo meio de Samaria e da Galiléia. 12Ao entrar numa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez leprosos, 13que ficaram de longe e lhe gritaram, dizendo: Jesus, Mestre, compadece-te de nós! 14Ao vê-los, disse-lhes Jesus: Ide e mostrai-vos aos sacerdotes. Aconteceu que, indo eles, foram purificados. 15Um dos dez, vendo que fora curado, voltou, dando glória a Deus em alta voz, 16e prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus, agradecendo-lhe; e este era samaritano. 17Então, Jesus lhe perguntou: Não eram dez os que foram curados? Onde estão os nove? 18Não houve, porventura, quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro? 19E disse-lhe: Levanta-te e vai; a tua fé te salvou.”
Como fica claro na narrativa, Jesus curou dez leprosos e só um voltou para agradecer. Esse fato chamou tanto a atenção de Jesus, que Ele fez questão de perguntar onde estavam os outros nove que não voltaram para agradecer a benção recebida.
Esse episódio encontra um perfeito paralelo com nossas vidas hoje! Todos os dias somos abençoados e agraciados pelo favor divino e não agradecemos a Deus por nos faltar sensibilidade para perceber que tudo que nos rodeia é uma “conspiração” divina para nos abençoar. O sol que nasce todas as manhãs trazendo sua luz e calor, a chuva que rega a terra e nos permite desfrutar dos alimentos, a água, o abrigo e as pessoas que nos amam são presentes de Deus que recebemos todos os dias.
O texto nos traz algumas lições preciosas sobre gratidão:
1ª lição: Obedecer a leis e rituais não torna o coração grato.
No verso doze percebemos que os leprosos clamaram a Jesus de longe; mas por quê? Porque sabiam que a lei dizia que eram impuros e que por isso não podiam viver em sociedade. Demonstraram com isso conhecer os rituais e leis, no entanto isso não foi suficiente para produzir gratidão no coração de nove dos dez presentes. Você pode conhecer tudo de Bíblia e religião sem, contudo ainda não ser grato pela graça divina que o alcança todos os dias.
2ª lição: Ter fé não torna necessariamente o coração grato.
Quando Jesus mandou que os leprosos fossem ao sacerdote (vs 15 e 16) , eles ainda não estavam curados. A cura aconteceu quando eles já haviam começado a caminhada. Isso demonstra claramente que eles possuíam fé, já que se colocaram no caminho para serem examinados pelo sacerdote antes do milagre ter acontecido. Eles acreditaram nas palavras de Jesus! Entretanto nove dos dez que manifestaram fé não foram gratos. Hoje também acontece de muita gente ser tocada, curada e ter grandes problemas resolvidos por Jesus, que também não são gratos. Aliás, hoje existe muita gente que se acha patrão de Jesus, dando ordens a Jesus e o tratando como se o Senhor fosse um mero empregado!
3ª lição: A ingratidão machuca o coração de Jesus.
Nos versos 17 e 18, Jesus demonstra sua tristeza pela ingratidão daqueles leprosos que não voltaram para agradecer. A ingratidão machuca o coração do mestre, pois toda ingratidão é uma traição! O ingrato sempre age como que se o abençoador fosse um produto descartável, que depois de ser usado só serve para ser jogado fora no lixo.
Uma geração que consome milagres, que acha que Deus é um amuleto da sorte, esquece que o Deus das bênçãos é muito maior do que as bênçãos de Deus. O abençoador é muito melhor do que sua benção! A maravilha de tudo isso é saber que mesmo sendo ingratos, Jesus continua nos abençoar sem nenhum merecimento nosso, assim como abençoou aqueles nove.
4º lição: O que torna o coração grato é reconhecer as bênçãos de Deus sobre nós.
O único leproso que voltou para agradecer nos ensina uma grande lição. Que a gratidão flui de um coração que possui memória. Ele foi grato porque entendeu que não tinha como retribuir tamanha generosidade de Jesus, ele percebeu a grandiosidade do ato de Jesus.
Ele sabia que sem Jesus sua doença o consumiria e que lhe só aguardava a morte. Ele sabia que não havia esperança. O processo para disciplinar um coração grato passa pelo processo lento e doloroso de enxergarmos nossas limitações e falhas e pelo despertar da consciência do que Cristo fez por nós na cruz do calvário.
Gratidão é uma atitude que honra a Deus.
5ª lição: A gratidão é a chave que abre as maiores portas de Deus para nós.
No verso 19 Jesus diz algo profundo:
“E disse-lhe: Levanta-te e vai; a tua fé te salvou.”
Enquanto os nove leprosos ingratos receberam suas curas apenas no plano físico e orgânico, o leproso samaritano foi além, recebeu de Jesus a salvação de sua alma!
Um coração grato sempre estará apto para receber mais de Deus, pois a gratidão é um dos elementos produtores de maturidade na vida do cristão. Um cristão grato a Deus é um servo maduro para ser bom despenseiro da graça de Cristo.
Concluído, a gratidão é uma reação natural a graça de Deus!

terça-feira, 17 de junho de 2014

Uma grande festa.





Título: Uma grande festa.

Texto: Ester 01

Introdução: Período: Por volta de 484 a.C. Período pós-exílico. Assuero ou Xerxes era o rei. Nobres convocados para participarem de banquetes em celebração ao poderio persa, o principal motivo da festa era a ostentação. As mulheres se reuniam em separado conforme costume oriental, mas também tinham sua festa na casa real. No último dia da festa, com o objetivo de exibir a beleza de sua rainha de forma orgulhosa aos convidados, o rei ordena que a rainha se apresente, porém a rainha recusou a vir. Isso indignou o rei, que a destituiu do posto de rainha.

1 – Um ambiente festivo não é garantia de felicidade quando não tomamos o vinho certo.
Você pode estar rodeado de “amigos”, cercado de pompa e glamour, ostentando riqueza e status, mas se sua vida não é cheia do Espírito Santo, tudo isso é efêmero e sem valor (que me diga o filho pródigo). O grande problema daquela festa é que ela foi encharcada de vinho e vazia de Deus. O vinho que devemos tomar é o vinho produzido por Jesus. Esse vinho é sua própria presença em nossas vidas através do Espírito Santo. Ver Efésios 5.18. Sua felicidade é apenas aparente? Apenas um artifício para impressionar as pessoas? Ou ela é fruto de sua comunhão com Jesus? Cuidado com as aparências! Ananias e Safira morreram porque tentaram viver de aparência, quem vive de aparências é mentiroso, e como diz o pastor Mac Anderson, quem é casado com a mentira tem como sogro o diabo.

2 – O que enche nosso coração determina a qualidade de nossas decisões.
Por ter bebido muito, o rei já embriagado quis impressionar seus súditos tentando usar a beleza de sua rainha. Como a rainha se recusou a atender a ordem do rei para ser exposta como um troféu, ela foi deposta de seu cargo e isso instaurou uma crise no casamento do rei, em sua vida pessoal, pública e política, além de tê-lo exposto a uma situação extremamente vexatória e constrangedora. Tudo isso porque seu coração estava cheio de vinho!
O que embriaga nosso coração torna-se automaticamente senhor de nossa vida. Todas nossas decisões são conseqüências da obediência as ordens emanadas por esse senhor.
Ananias e Safira mentiram porque seus corações estavam cheios de Satanás. O que enche seu coração? Dinheiro, sexo, poder, álcool, drogas? Todos são péssimos patrões e conselheiros.
Enquanto essas coisas roubam o controle de nossas vidas, quando enchemos nosso coração do Espírito Santo mais controle e domínio próprio possuímos, pois essas coisas são características do fruto do Espírito, por isso podemos decidir melhor.
Permita ser dominado pelo Espírito de Jesus.

3 – Decisões equivocadas prejudicam nossa vida e a vida de todos que estão debaixo de nossa influência.
Quem tem bom senso e ponderação evita problema e confusão! Luis Sayão
Apesar de Vasti saber que passaria por muitos constrangimentos por causa da embriagues do rei, ela não tinha o direito de afrontar o seu marido, mesmo porque ele era o rei. Uma decisão impensada trouxe desgraça para sua vida e um fardo muito grande para todas as mulheres do império persa.
Cuidado com a precipitação e a emoção na hora de decidir, sempre são péssimos conselheiros.
Muitos casamentos acabam por conta da intransigência dos cônjuges diante de situações de divergência por causa de coisas pequenas.
Nesse momento vai um conselho: Em muitas ocasiões é melhor ser feliz do que ter razão!
Em outras palavras, haverá momentos que a melhor coisa que você deve fazer é abrir mão de seu direito, de sua convicção. Se Vasti tivesse feito isso, ela teria poupado muitos problemas para ela, seu casamento e para todas as mulheres de seu reino.

4 – Deus transforma a desordem e o caos em milagre.
O mais impressionante de tudo é que Deus dirige a história da vida daqueles que Nele confiam. No livro de Ester o nome de Deus não é mencionado, no entanto podemos ver sua atuação soberana em toda a narrativa. Mas do que falar no Nome de Deus, o mundo precisa ver o Nome de Deus agindo em nossa vida! Tudo o que aconteceu nessa grande festa foi o pano de fundo usado por Deus para levantar Ester como rainha no lugar de Vasti, e através de Ester produzir o milagre de libertação do povo judeu e ter seu Nome glorificado na derrota do inimigo. Do conflito, da desordem e do caos Deus trabalhou transformando o que cheirava morte em um milagre de vida e libertação.
Não há impossíveis para Jesus! Ele pode e Ele quer transformar sua vida em uma grande festa onde haja celebração, vida, sinceridade e vinho novo!
Deus transformou a história de toda uma nação e pode transformar a sua história também!

sexta-feira, 13 de junho de 2014

A Copa do Mundo e a euforia do torcedor brasileiro.



Passada a ansiedade pela espera do início da copa do mundo de futebol, finalmente a seleção brasileira entrou em campo e venceu os croatas pelo placar de 3x1. Ainda que o futebol apresentado pelos comandados de Luis Felipe Scolari não tenha sido dos melhores, o resultado foi o bastante para produzir histeria e euforia sem limites. Milhares de pessoas vão às ruas tocando buzinas e fazendo um barulho ensurdecedor.
A alegria por conta do resultado é visível e até mesmo contagiante. Particularmente gosto muito de futebol e enxergo na prática de esportes uma das melhores formas de expressar a potencialidade artística e criativa do ser - humano.
Agora a pergunta que fica é: Por que em uma sociedade dita cristã, as pessoas se envolvem e se doam tanto a um sentimento esportivo, e em contrapartida são totalmente apáticas em sua devoção a Jesus que fez o mais belo gol a favor das nossas vidas (morreu em uma cruz) e conquistou o maior campeonato de todos para nós, a salvação?
A primeira resposta óbvia é que nem todos que dizem ser cristãos, o são de fato. Temos uma imensa e esmagadora parcela de cristãos nominais dentro da cristandade. Desses não é de se esperar uma atitude diferente, já que ainda não nasceram do alto.
Não sou conta torcer e se alegrar com vitórias no esporte, sou contra não correspondermos com a mesma intensidade quando se trata de assuntos espirituais que dizem respeito a nossa alma e salvação! E aqui agora já não falo de cristão nominais e sim de pessoas que já foram regeneradas por Cristo.
Ultimamente tenho batido muito na tecla “DISTRAÇÃO”. Paulo afirma que “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas.” I Coríntios 6.12
Para mim um dos grandes problemas de nossa geração são as distrações. Distraímo-nos muito facilmente com coisas que ainda que não sejam pecaminosas, nos distanciam de Jesus. Dentro desse contexto entram TRABALHO, LAZER e diversas OCUPAÇÕES PESSOAIS, como por exemplo, no momento a COPA DO MUNDO.
O escritor aos hebreus bem disse:
“Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, 2olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.” Hebreus 12.1-2
Eu destaquei a expressão “desembaraçando-nos de todo peso” para que você entendesse que nem só o pecado nos separa de Deus, mas também toda e qualquer distração que nos roube tanto a nossa atenção ao ponto de se tornar um peso em nossa vida com Deus. Distrações nos embaraçam pois tem o poder de se tornar como grandes teias que nos imobilizam.
E você imagina quem é a aranha que tem tentado nos embaraçar e está por trás disso tudo?
Fico com o que ouvi do pastor Sebastião Oliveira Moura dias desses atrás. Nunca sacrifique o que é essencial em favor do que é apenas importante ou sem importância alguma.
Torça pelo Brasil, mas nunca se esqueça do nosso maior campeão, JESUS!

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Qual a mochila correta? Uma reflexão necessária sobre salvação.



Título: Qual é a mochila correta?
Tema: Salvação.
Texto: Atos 16.30
“Depois, trazendo-os para fora, disse: Senhores, que devo fazer para que seja salvo?”
Introdução: O questionamento feito pelo carcereiro de Filipos ainda ecoa na mente da humanidade milhares de anos depois daquela ocasião. Não são poucas as pessoas que se vêem perturbadas com a pergunta sobre o destino eterno, por não terem ainda encontrado a resposta certa. E por falta de orientação correta, os homens ainda hoje tentam produzir seus próprios recursos na tentativa de se salvarem. Assim como Adão e Eva tentaram cobrir a nudez com folhas de figueira que perecem, ainda hoje os homens buscam a salvação em artifícios transitórios que não os garantem nenhuma certeza de salvação.
Frase de transição: Quais são as mochilas que os homens têm fabricado e usado na tentativa de se salvarem da condenação eterna?
1ª mochila - Moralidade
(Eu não fumo, não bebo, não roubo, não mato, pago minhas contas em dia, não minto, sou bom filho, sou bom pai, sou bom patrão, bom empregado...) Exemplo de Cornélio em Atos 10. QUASE SALVO AINDA É ALGUÉM FATALMENTE PERDIDO!
“Ninguém entrará no céu porque é bom, alguém só entra no céu porque Jesus é bom!”
2ª mochila – Boas obras
(Assistencialismo, penitência ou sacrifício); Porque pela Graça sois salvos por meio da fé; e não por vós mesmos, este é o dom (presente) de Deus; Não vem através das obras para que ninguém se glorie”. Efésios 2:8-9
“Se pudéssemos merecer nossa salvação, Cristo não teria morrido para nos proporcioná-la.”
“Não somos salvos por causa das obras, mas somos salvos para as boas obras!”
3ª mochila – Religiosidade
(Freqüentar a igreja, ser batizado, ter o nome no rol de membros, participar da ceia do Senhor);
Exemplo dos fariseus, saduceus, escribas e professores da Lei.
Ser membro de uma igreja/denominação não é causa da salvação, é conseqüência da salvação, visto que como corpo precisamos congregar. Hebreus 10.25
Você terá uma religião não para ser salvo, mas porque você já foi salvo!
“7Dizia ele, pois, às multidões que saíam para serem batizadas: Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura? 8Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.” Lucas 3.7-8
O salvo não é aquele que tem o nome escrito no livro do rol de membros de uma igreja, mas o que tem o nome escrito no livro da vida que está no céu!
Conclusão: Quatro pessoas – um piloto, um professor, um pastor e um caminhante – viajavam em um pequeno avião quando os motores pararam. O piloto disse: “Só temos três paraquedas. Como este avião é meu, então ficarei com um deles.” Ele o colocou e saltou. O professor disse: “Sou brilhante e o mundo necessita de mim, então vou pegar um paraquedas”, e saltou.
                Então o pastor disse ao caminhante: “Não quero ser egoísta, pegue você o último paraquedas.” O caminhante respondeu: “Ainda há dois, um para cada um de nós. O professor pulou com a minha mochila, em vez do paraquedas!” Embora o professor pensasse que aterrissaria em segurança, sua confiança se baseou na mochila incorreta.
                Algumas pessoas têm a certeza da salvação com base em mochilas erradas. Estão usando a mochila da moralidade, das boas obras e da religiosidade. A mochila correta é a da fé em Jesus Cristo.
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”João 3.16
Tomando emprestadas as palavras do pastor Ed René Kivitz, é preciso entender que fé é diferente de acreditar.
1 – Fé não é acreditar na existência de Deus.
“Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios crêem e tremem.” Tiago 2.19
2 – Fé não é acreditar que Deus fará algo.
Fé é confiar no caráter de Deus independente do que Ele venha fazer. Exemplo de Sadraque, Mesaque e Abedenego no relato da fornalha de fogo ardente.
Fé e interagir com Deus. Estar sob a influência de Deus.
Não basta informação apenas, ainda que ela seja verdadeira. Conhecer sobre algo e relacionar-se com esse algo são coisas muito diferentes.
Por fim, respondendo a pergunta inicial do carcereiro de Filipos, Paulo disse:
“Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.”Atos 16.31